Temor sobre gripe suína derruba Ibovespa em mais de 2%
08/04/2009

27 de Abril de 2009 15h26
Juliana Schincariol

São Paulo, 27 de abril de 2009 - Depois de três pregões seguidos de valorização, o Ibovespa, principal indicador da BM&FBOVESPA, tem um dia de realização, motivado especialmente pelas preocupações com uma possível epidemia de gripe suína. Há pouco, o índice diminuía 2,13%, a 45.774 pontos.

"Ainda é cedo para medir um impacto real da gripe nas exportações brasileiras. Por enquanto o epicentro ainda está no México",disse o sócio da AZ Investimentos Ricardo Zeno. Ele cita o desempenho oposto das ações do setor. Enquanto Sadia e Perdigão, uma das principais exportadoras de alimentos, têm as maiores altas do dia - movida pela possível venda da Sadia para a concorrente -,a JBS tem forte queda. As ações da Sadia (SDIA4) subiam 6,61% (a R$ 4,03) e as da Perdigão (PRGA3) ganhavam 0,12% (a R$ 31,29),enquanto as da JBS (JBSS3) caíam 8,77%, a R$ 6,34.

Zeno acredita que a possível epidemia pode ser uma justificativa para realização de lucros. O Ibovespa teve sete semanas seguida de alta. "Qualquer fato negativo é uma desculpa para o mercado realizar. Junte a isso, a queda preço das commodities em geral, o que leva a um desempenho negativo para o mercado brasileiro hoje, um pouco acima do mercado externo", disse.

Para esta semana, a volatilidade de predominar. O mercado aguarda o anúncio da decisão do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve na quarta-feira, mesmo dia em que o Departamento do Comércio norte-americano informa os dados preliminares do Produto Interno Bruto(PIB) no primeiro trimestre. Já na sexta-feira, as principais montadoras informam os resultados das vendas de veículos em abril. O Conference Board divulga amanhã o índice que mede a confiança do consumidor em abril.

No Brasil, os agentes do mercado se concentram na divulgação, também na quarta-feira, do anúncio do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central a respeito da decisão sobre os juros básicos da economia. A previsão dos analistas aponta queda de um ponto percentual na taxa Selic, para 10,25% ao ano.

Fonte: Agência Leia

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