News - Briefing de Mercado

Perto de vencimento de opções,Ibovespa tem quarta queda seguida
13/02/2009

12 de Fevereiro de 2009 19h46
Carolina Marcondes

São Paulo, 12 de fevereiro de 2009 - O Ibovespa manteve a sequência de uma semana totalmente negativa, ao recuar 0,84% no fechamento dos negócios de hoje, a 40.500 pontos. O volume financeiro negociado foi de R$ 3,667 bilhões. O vencimento de opções ocorrerá na próxima segunda-feira, enquanto o de opções sobre Ibovespa e contratos Ibovespa futuro será realizado na quarta-feira. "Por causa desses dois importantes eventos no País, o descolamento [em relação a Wall Street] é natural. Mas, mesmo assim, muita gente olhou para o desempenho externo, e se o dia tivesse sido um pouco menos negativo, poderíamos até ter visto um dia de ganhos", diz o sócio da AZ Investimentos Ricardo Zeno. Com a quarta queda seguida, o Ibovespa, que havia subido 8,8% na semana passada, acumula queda de 5,3% nesta semana.

Para Sérgio Machado, diretor da Vetorial Asset Management, houve um movimento de compra por parte dos estrangeiros um pouco melhor que o registrado ontem. "O dólar [que fechou em ligeira queda] está voltando a entrar no Brasil, o que dá a impressão de que uma tendência de alta vem por aí", comenta.

De acordo com o Departamento do Comércio dos Estados Unidos, as vendas no varejo avançaram inesperadamente em janeiro - e pela primeira vez nos últimos sete meses. O acréscimo foi de 1%, para US$ 344,649 bilhões, na comparação com o mês anterior. Economistas previam retração de 0,30%. Já o Departamento do Trabalho mostrou que o número de pedidos de seguro-desemprego caiu em 8 mil na semana passada, para 623 mil. A expectativa era de que a redução chegasse a 16 mil.

No Brasil, os papéis mais importantes do Ibovespa e mais suscetíveis às oscilações às vésperas do vencimento de opções tiveram um dia volátil, mas encerraram o pregão em queda. A Petrobras PN (PETR4) recuou 0,40%, a R$ 26,74, e a Petrobras ON (PETR3) caiu 0,75%, a R$ 32,75. Já a Vale PNA (VALE5) perdeu 1,61%, a R$ 29,80, e a Vale ON (VALE3) teve desvalorização de 1,88%, a R$ 34,81.

Informação divulgada hoje dá conta de que o consumo de derivados de petróleo no Brasil deve crescer neste ano na mesma proporção de 2008, apesar da crise. É esperado acréscimo de 3% sobre os 1,945 milhão de barris por dia do ano passado. A Petrobras está trabalhando, sobretudo, para aumentar a produção de óleo diesel, produto considerado estratégico pela empresa.

A maior desvalorização do Ibovespa foi registrada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSAN3), que recuou 3,20%, a R$ 35,60. A também siderúrgica Gerdau (GGBR4) teve o segundo pior desempenho, com queda de 2,95%, a R$ 11,45. Já o Bradesco (BBDC4) fechou em queda de 2,76%, a R$ 21,82.

No sentido oposto, a maior valorização registrada foi a da Cesp (CESP6), que cresceu 4,97%, a R$ 14,55, seguida por duas ações da Brasil Telecom: a Brasil Telecom PN (BRTO4) subiu 4,83%, a R$ 11,70, e a Brasil Telecom Participações (BRTP4) avançou 4,58%, a R$ 14,60.

Mas uma das mais importantes notícias corporativas do dia foi da TIM. A companhia finalmente confirmou interesse em adquirir os ativos da Intelig Telecomunicações. Segundo a companhia, estão em curso "discussões preliminares" para o negócio, mas ainda não há qualquer acordo formal entre as duas empresas. Para analistas do mercado, a aquisição pode suprir a necessidade da rede da TIM para serviços de longa distância. A Intelig opera desde janeiro de 2000. Na ocasião, foram investidos R$ 2,8 bilhões para construção da rede, que hoje é 100% digital. A empresa possui 16 mil quilômetros de rede de fibra óptica própria instalados no Brasil. As ações preferenciais da TIM (TNPL4) subiram 4,05%, a R$ 28,50, e as ordinárias (TNPL3) terminam o dia em alta de 4,02%, a R$ 34,85. Estas foram, respectivamente, a quarta e a quinta maior valorizações do Ibovespa hoje.

As ações com o maior volume financeiro negociado foram as preferenciais classe A da Vale (VALE5), com R$ 623,808 milhões, seguidas pelas preferenciais da Petrobras (PETR4), com R$ 610,154 milhões. Já as ações da BM&FBOVESPA (BVMF3) movimentaram R$ 237,695 milhões (ações em queda de 1,51%, a R$ 6,52).

Mercados internacionais

No mercado de ações norte-americano, o índice Dow Jones recuou 0,09%, a 7.932.76 pontos, e o S&P 500 ganhou 0,73%, a 1.541,7 pontos. O Nasdaq Composto teve valorização de 0,17%, aos 835,19 pontos.

No mercado de commodities, o preço do barril de petróleo WTI com entrega para março, negociado na Bolsa de Nova York, caía 3,72%, a US$ 34,60. Já em Londres, o produto tipo Brent com vencimento em março (último dia de negociação) tinha valorização de 0,60%, cotado a US$ 44,55. Já o contrato com vencimento em abril crescia 1,76%, a R$ 46,12.

Câmbio

Instável desde a abertura dos negócios, o dólar comercial recuou 0,08%, a R$2,286 para compra e a R$ 2,288 para venda. Durante o dia, a moeda oscilou entre a mínima de R$ 2,279 e a máxima de R$ 2,305, para venda.

O Banco Central vendeu 50.650 dos 51 mil contratos de swap cambial com ajuste periódico (SCC) na operação realizada esta tarde, o que corresponde a um financeiro de aproximadamente US$ 2,5 bilhões. A operação tem o objetivo de fazer a rolagem do vencimento de contratos do dia 2 de março.

Juros

Os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) encerraram em alta a sessão regular de hoje na BM&FBOVESPA. O contrato para janeiro de 2010, reflexo das estimativas para o ciclo total de afrouxamento monetário em curso, subiu de 11,13% para 11,18%. Já entre os contratos mais curtos, o DI para julho avançou de 11,59% para 11,63% e o DI para abril terminou o dia praticamente estável, com ligeira queda de 12,26% para 12,25%. Na ponta longa da curva de juros futuros, mais ligada ao humor externo, o DI para janeiro de 2011 subiu de 11,55% para 11,62%. E com volume negociado de R$ 3 bilhões, o contrato para janeiro de 2012 avançou de 11,90% para 11,94%.

Agenda de amanhã

No Brasil, às 8h a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulga o Indice Geral de Preços-10 (IGP-10) de fevereiro. O Termômetro Leia, pesquisa da Agência Leia feita com instituições financeiras referente às expectativas para os principais indicadores do País, mostra que a mediana das projeções do mercado para o IGP-10 aponta inflação de 0,30% em fevereiro. Pelo conceito de mediana, 50% das projeções coletadas estão abaixo de 0,30% e 50%, acima. As expectativas dos economistas consultados variam de inflação de 0,05% a 0,66%. A média das projeções também aponta inflação de 0,30%. Confirmadas as projeções, o indicador terá voltado a subir este mês, já que em janeiro o IGP-10 registrou deflação de 0,85%.

Além disso, Vivo (antes da abertura do mercado), Light, São Martinho, Açúcar Guarani e Embratel (após o fechamento) e Banco Pine (sem horário previsto) irão divulgar seus resultados trimestrais.

Nos Estados Unidos, às 12h55, a Universidade de Michigan, em parceria com a agência Reuters, anuncia sua prévia da confiança do consumidor para fevereiro. Além disso, antes da abertura dos mercados saem os resultados da fabricante de bebidas PepsiCo.

Fonte: Agência Leia

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