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Ações de bancos sobem com julgamento adiado, puxando a Bolsa
28/05/2014

28 de Maio de 2014 10h30

As ações dos bancos, as de maior peso na Bolsa brasileira, sobem com força nesta quarta-feira depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu adiar por tempo indeterminado julgamento sobre as perdas causadas pelos planos econômicos das décadas de 1980 e 1990. Puxado pelas instituições financeiras, o índice de referência Ibovespa avança 0,92% às 15h51m, aos 52.6520 pontos. O dólar comercial tem dia instável, operando com queda de 0,13%, cotado a R$ 2,236 para compra e a R$ 2,238 para venda

As ações do Banco do Brasil sobem 2,92% e chegaram a ultrapassar 4% um pouco mais cedo. As do Itaú Unibanco têm alta de 2,10%. Os papéis do Bradesco têm avanço de 0.90% (ordinária) e 1,58% (preferencial).

O processo que tramita no STF é importante para os bancos porque ele vai decidir se os poupadores têm direitos a ressarcimento por eventuais perdas causadas pelos planos. Anteriormente marcado para hoje, ele foi adiado após pedido feito na terça pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

— O mercado já vinha punindo as ações dos bancos há algum tempo, elas já haviam caído demais. O adiamento dá um alívio. A instabilidade só voltará quando for determinada data para outro julgamento. Mas achamos que isso só vai acontecer depois das eleições — observou o sócio-diretor da AZ Investimentos, Ricardo Zeno.

Baixa do minério de ferro traz volatilidade para Vale

A Petrobras tem dia de forte oscilação e agora sobe 1,15% (ordinária, com direito a voto) e 1,20% (preferencial). Já a Vale perde 0,17% nas ações ordinárias e 0,63% nas preferenciais.

— O preço do minério voltou a cair hoje na China, chegando ao seu menor valor em dois anos. As concorrentes da Vale, como BHP e Rio Tinto, também estão caindo — disse Gustavo Mendonça, economista da Saga Investimentos.

O preço da tonelada do minério de ferro, o principal produto da Vale, caiu 1,3%, para US$ 96,80, o valor mais baixo desde setembro de 2012. É o oitavo dia que o produto fica cotado abaixo de US$ 100 e, no ano, a perda é de 28%. A queda é motivada pelo temor de que a China não cresça no ritmo esperado este ano.

Setor imobiliário sobe forte com esperança de juros estáveis

O mercado deve ser influenciado ao longo do dia pela expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) vai encerrar à noite o ciclo de aperto monetário. Dos 53 economistas consultados pela agência de informações financeiras Bloomberg, 46 esperam que a taxa Selic seja mantida em 11% ao ano, enquanto apenas sete preveem elevação para 11,25%.

Com essa perspectiva, os papéis de empresas ligadas ao segmento imobiliário se valorizam. A açõa da MRV avança 5,62%. A incorporadora Rossi tem alta de 3,16%. A Gafisa sobe 2,34%.

Moeda americana só sobe desde fala de Tombini

Na véspera, a Bolsa sofrera tombo de 1,43%, chegando ao seu menor nível para um fechamento desde 30 de abril, puxada pelo desempenho ruim de Petrobras e Vale. O dólar comercial também teve uma terça-feira movimentada, apresentando alta significativa de 0,76%.

Nesta quarta-feira, a moeda americana apresenta queda de 0,13%, cotado a R$ 2,236 para compra e a R$ 2,238 para venda. Mas o comportamento da divisa é instável, tendo passado grande parte da manhã em alta.

No últimos quatro pregões, o dólar subiu. O ciclo de alta coincide com a fala do presidente do BC na quinta-feira passada. Alexandre Tombini disse perceber “certo arrefecimento” na demanda pelos contratos de swap cambial. A operação, que equivale à venda de dólares no mercado futuro, tem sido utilizada pela autoridade monetária diariamente, em volumes de quase US$ 200 milhões, para segurar a divisa americana desvalorizada. Com sua fala, Tombini indicou perspectiva de valorização da moeda no futuro.

Em Wall Street, as bolsas apresentam resultado misto. O índice Dow Jones cai 0,06%, enquanto o S&P 500 tem avança leve de 0,06%. A Nasdaq é estável

Fonte: Infoglobo

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