News - Briefing de Mercado

Com agenda fraca, Ibovespa pode registrar volatilidade
09/01/2013

08 de Janeiro de 2013 19h45
Rodolfo Albiero

Diante de uma agenda de indicadores econômicos pouco relevante, o Ibovespa
pode operar com volatilidade no pregão de amanhã. O rumo dos negócios pode
refletir ainda o início da divulgação de balanços corporativos nos Estados Unidos.
 
Marc Sauerman, gestor de fundos da JMalucelli Investimentos, afirma que os
resultados financeiros da Alcoa, divulgados após o fechamento dos mercados de
hoje, devem influenciar na abertura do mercado brasileiro amanhã.
 
A Alcoa registrou lucro líquido atribuível à companhia de US$ 242
milhões no quarto trimestre de 2012. No mesmo período do ano anterior, a
empresa teve prejuízo de US$ 191 milhões. No último trimestre, a receita
totalizou US$ 5,898 bilhões, queda de 1,5% em relação ao último trimestre de 2011,
quando foi de US$ 5,989 bilhões.
    
"Dias antes do início da temporada de balanços, é natural que o mercado
fique um pouco mais cauteloso, como vimos hoje. A expectativa é por resultados
não muito bons para as empresas no geral", diz. Por meio dos números das
empresas, os indicadores poderão observar como está a recuperação da
atividade econômica dos países, de acordo com Ricardo Zeno, sócio-diretor da
AZ Investimentos.
 
Outro fator que pode influenciar no mercado é uma certa preocupação com
questão fiscal nos Estados Unidos, mesmo após o acordo alcançado na semana
passada. "Ainda existem pontos que precisam ser definidos em relação ao
acordo, o que gera cautela e ajuda a deixar o rumo do Ibovespa indefinido", diz.
 
Sauerman aponta ainda que os investidores também vão acompanhar o
resultado da reunião de amanhã com a presidente Dilma Rousseff no Comitê de
Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que deve discutir, entre outras
questões, os níveis dos reservatórios. "Provavelmente, a reunião não deve
ter nenhuma grande decisão, como um racionamento de energia, mas a
possibilidade vem prejudicando bastante o desempenho das empresas do setor nos
últimos dois dias", afirma.
 
Entre os indicadores previstos para amanhã, será divulgada a produção
industrial de novembro na Alemanha. Em outubro, a produção caiu 2,6% em
termos mensais, mas aumentou 3,1% em base anual.
 
O principal índice da BM&FBovespa caiu 1,30%, aos 61.127 pontos,
registrando sua terceira queda seguida. O volume negociado na bolsa foi de
R$ 7,371 bilhões. O setor elétrico voltou a puxar o índice para baixo. As
PNBs da Eletrobras (ELET6) caíram 9,35%, a R$ 9,69, e as ordinárias da mesma
empresa (ELET3) cederam 8,44%, a R$ 6,40. Em terceiro lugar, as PNBs da Cesp
(CESP6) registraram baixa de 5,49%, a R$ 17,71.
 
Além disso, números da indústria alemã decepcionaram e ajudaram a
aumentar o pessimismo do mercado, de acordo com Zeno. As encomendas à
indústria caíram 1,8% em novembro na comparação com o mês anterior. Em
termos anuais e sem ajuste, o volume total de pedidos à indústria recuou 1,0%.
 
A cautela em relação aos Estados Unidos também influenciou na queda das
blue chips, afirma Sauerman. As PNAs da Vale (VALE5) cederam 0,61, a R$ 40,10,
com o maior volume financeiro do pregão, de R$ 619,917 milhões. Em seguida, as
preferenciais da Petrobras (PETR4) diminuíram 2,88%, a R$ 19,50, movimentando
R$ 560,732 milhões.
 
Nos Estados Unidos, os índices do mercado de ações encerraram em queda.
Após ajustes, o Dow Jones perdeu 0,41%, em 13.328,85 pontos; o S&P 500 retraiu
0,32%, em 1.457,15 pontos; e o Nasdaq Composto registrou queda de 0,23%, em
3.091,81 pontos.
 
Os contratos futuros do petróleo fecharam em campos opostos. Na plataforma
ICE, os futuros do Brent com vencimento em fevereiro subiram 0,48%, a US$ 111,94
o barril. Na Nymex, os futuros do WTI para o mesmo mês tiveram ligeira
retração de 0,04%, a US$ 93,15 o barril.

Fonte: Agência CMA

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