News - Briefing de Mercado

Ibovespa acentua alta, avança 2,54% e opera acima dos 55 mil pontos
21/10/2011

21 de Outubro de 2011 14h25
Beatriz Cutait

Na mesma toada dos mercados internacionais, a bolsa brasileira mostra forte trajetória de recuperação, no encerramento desta semana. O Ibovespa já avança mais de 2% e opera acima dos 55 mil pontos, com uma alta generalizada de seus papéis.


Por volta das 13h, o índice ganhava 2,54%, aos 55.383 pontos, com giro financeiro de R$ 1,8 bilhão.


Em Wall Street, o índice Dow Jones tinha valorização de 1,77%, enquanto o S&P 500 subia 1,59% e o Nasdaq se apreciava em 1,46%.


O direcionador dos negócios nesta sexta-feira é a Europa. Desta vez, as notícias da região estão animando os investidores, que aproveitam o cenário mais esperançoso para buscar as famosas “pechinchas”.


Líderes da zona do euro reúnem-se neste fim de semana em Bruxelas para discutir um amplo plano para combater a crise da dívida soberana.


O jornal espanhol "El País" mostrou que as autoridades europeias enfrentam três desafios significativos: a busca de uma solução para recapitalizar o setor bancário, o fortalecimento do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF, na sigla em inglês) e o acerto de uma contribuição maior dos bancos no segundo resgate grego.


Apesar dos debates deste domingo, a expectativa é de que uma solução só saia na próxima semana, até quarta-feira.


Hoje cedo, o diretor-gerente do grupo Fitch, David Riley, ainda sugeriu que o Banco Central Europeu (BCE) desempenhe um papel mais amplo no tratamento contra a crise da dívida da região do euro.


"O EFSF [Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, na sigla em inglês] é muito pequeno", disse, em conferência. "O BCE é a única entidade creditícia crível de último recurso."


Riley pediu que o BCE intervenha se necessário, para evitar uma crise de crédito na zona do euro. Com os bancos relutantes em emprestar entre si, o BCE ofereceu empréstimos emergenciais de longo prazo. A autoridade monetária tem comprado bônus do governo italiano e espanhol nos mercados secundários para evitar que esses países entrem em dificuldades financeiras.


"Acreditamos firmemente que a Espanha e a Itália são solventes, mas potencialmente sem liquidez", afirmou o executivo.


“As bolsas sobem com a expectativa de uma medida mais eficaz e proativa na Europa. O mercado segue aguardando uma solução mais concreta dos governos e, no cenário corporativo, os balanços americanos não têm decepcionado, têm vindo ao menos em linha, o que já é positivo no cenário atual”, comentou o sócio-diretor da AZ Investimentos Ricardo Zeno.


Destaque do dia, o McDonald’s fechou o terceiro trimestre do ano com lucro líquido de US$ 1,51 bilhão, um avanço de 8,56% com relação ao total apurado no mesmo período de 2010. A receita líquida da gigante do fast food cresceu 13,66%, na mesma base de comparação, para US$ 7,17 bilhões.


Ao operar acima dos 55 mil pontos, o Ibovespa testa uma importante resistência. Na análise técnica de Marcello Rossi, da Itaú Corretora, acima do nível de 55.250 pontos, o índice ganha nova força compradora no curto prazo, com objetivos em 57.000 pontos e 58.600 pontos.


“Do lado da baixa, com a queda de ontem, o Ibovespa se aproximou da reta de suporte em 53.000 pontos. Abaixo deste, o mercado deverá perder o momento de recuperação, abrindo espaço para queda com suporte em 51.600 pontos antes do fundo em 49.400 pontos”, diz o analista, em relatório.


Empresas


Dentro do Ibovespa, todos os papéis operam no campo positivo, liderados por Fibria ON (6,00%, a R$ 15,35), Klabin PN (5,67%, a R$ 6,15) e Gafisa ON (4,28%, a R$ 6,08).


Entre as chamadas “blue chips”, a forte valorização das commodities beneficia a trajetória de Vale PNA (1,77%, a R$ 37,87), OGX Petróleo ON (3,37%, a R$ 13,17) e Petrobras PN (2,28%, a R$ 19,25).


De acordo com a "Bloomberg News", a estatal planeja vender bônus denominados em euros ou libras, conforme relataram três pessoas familiarizadas com o assunto. A Petrobras contratou os bancos Bradesco, Deutsche Bank, JPMorgan Chase e Santander para a operação. A venda vai ocorrer quando as condições de mercado melhorarem. Procurada, a Petrobras não negou nem confirmou os planos.

Fonte: Valor

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