NotÃcias ruins externas somam-se à realização e Ibovespa cai
02/09/2011
02 de Setembro de 2011 14h16
Gleyma Lima
Após cinco altas consecutivas, o Ibovespa recua hoje influenciado por indicadores negativos vindos dos Estados Unidos e da Europa, mas também com um movimento intenso de realização de lucros. Há pouco, o índice estava em queda 1,68%, para 57.143 pontos, enquanto o índice futuro, desvalorizava 1,86%, a 57.605 pontos. "O mercado está realizando a alta de ontem, quando teve um ótimo desempenho. Além disso, o Ibovepa abriu influenciado pela falta de criação de empregos nos Estados Unidos - o que transmite aos investidores um sinal de insegurança", explica o sócio diretor da AZ investimentos, Ricardo Zeno. A taxa de desemprego nos Estados Unidos ficou estável em 9,1% em agosto, segundo o Departamento do Trabalho. A criação de postos de trabalho não teve alteração, depois da abertura de 85 mil vagas em julho. Analistas projetavam para agosto a criação de 73 mil vagas. Ainda assim, a taxa de desemprego veio em linha com as previsões. "A desconfiança gerada pelos indicadores dos Estados Unidos apenas constatou que as medidas que o Banco Central tomou, em relação à queda de juros, no Brasil, foi correta", disse o assessor de Investimentos da Omar Camargo Corretora, Wilson Paese. Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, diminuiu a Selic em 0,50 ponto percentual, para 12% ao ano. A decisão surpreendeu e contrariou a expectativa do mercado. A decisão, no entanto, não foi unânime. Do total, a redução recebeu cinco votos e a manutenção em 12,5% teve dois votos. Segundo Zeno, em segundo plano, estão as decisões do Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI). As instituições decidiram retirar suas equipes da Grécia para ajudar outros países europeus com problemas financeiros. A missão espera retornar a Atenas em meados de setembro, quando as autoridades gregas já devem ter completado o trabalho técnico, para continuar as discussões sobre as políticas consideradas necessárias para completar o relatório da situação da Grécia. "O mercado recebeu essa decisão do Banco Central Europeu com desconfiança no que se diz respeito à Grécia, pois daqui para frente não se sabe o que será feito", explica Zeno. Para os analistas, o mercado deve seguir em queda, já que não há notícias previstas para mudar alterar o clima entre os investidores. Mercados Internacionais Nos Estados Unidos, os índices operam em forete queda. O Nasdaq Composto caía 1,25%, a 2.189,50 pontos, enquanto o Dow Jones registrava queda de 1,62%, a 11.306,07 pontos, e o S&P 500 caía 1,79%, a 1.182,79 pontos. As bolsas internacionais encerraram em queda. O FTSE-100, da bolsa de Londres, fechou a 5.292,03 pontos, o DAX-30, da bolsa de Frankfurt, desvalorizou 3,36%, a 5.538,33 pontos, o CAC-40, da bolsa de Paris, decresceu de 3,59%, a 3.148,53 pontos, o Ibex-35, de Madri, recuou 3,40%, a 8.463,50 pontos, O índice SMI-20, de Zurique, apresentou leve retração de 3,11%, a 5.359,67 pontos, e o FTSE MIB, da bolsa de Milão, caiu 3,89%, a 15.060,80 pontos.
Petróleo Os contratos futuros do petróleo em Nova York operavam no campo negativo na primeira etapa. Há pouco, o WTI com vencimento em outubro caía 1,97%, a US$ 87,18 o barril. Em Londres, o Brent para o mesmo mês desacelerava 0,80%, a US$ 113,37 o barril. Dólar Há pouco, o dólar comercial subia 1,11%% a R$ 1,6350, enquanto o dólar futuro, com vencimento em outubro, tinha ganhos de 0,88% a R$ 1.644,500. Juros Na ponta curta, o contrato de juros com maior movimentação era o para janeiro de 2013, com giro de R$ 46,180 bilhões, passando de 10,46% para 10,59%. Também em alta estavam os DIs para janeiro de 2012, que passavam de 11,36% para 11,42%, com giro de R$ 18,054 bilhões, enquanto os contratos com vencimento em julho de 2012 tinham giro de R$ 12,525 bilhões e passavam de 10,67% para 10,78%. Na ponta longa, os contratos para janeiro de 2015 tinham volume de R$ 1,747 bilhões e subiam de 10,93% para 11,11%, enquanto os DIs com vencimento em janeiro de 2017 passavam de 11% para 11,22% co m volume financeiro de R$ 1,629 bilhão.
Fonte: Agência Leia
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