News - Briefing de Mercado

Ibovespa testa recuperação após tombo de ontem
19/04/2011

19 de Abril de 2011 13h35
Lucas Bombana

São Paulo, 19 de abril de 2011 - Após a alteração na perspectiva do rating dos Estados Unidos, pela Standard & Poors, ter derrubado as bolsas ao
redor do mundo no pregão de ontem, o Ibovespa esboça uma recuperação na primeira etapa desta terça-feira. Ainda assim, mesmo com dados positivos no mercado imobiliário norte-americano, e com o balanço do Goldman Sachs melhor que o esperado, os índices não registram ganhos expressivos, evidenciando o mau-humor que persiste. Há pouco, o principal índice da BM&FBOVESPA avançava 0,77%, a 65.918 pontos. O giro era de R$ 2,567 bilhões. O Ibovespa futuro valorizava 0,44%, a 66.995 pontos.
 
"O mercado está tentando se recuperar da queda muito acentuada de ontem",diz o sócio-diretor da AZ Investimentos, Ricardo Zeno. "Apesar de estar subindo, o mercado ainda não demonstra confiança na tendência", acrescenta.
 
O desempenho das ações ordinárias da OGX (OGXP3), que ontem caíram 17,25%, e que, instantes atrás, subiam 4,73%, mostra que os agentes estão promovendo alguns ajustes, mas sem a mesma intensidade verificada nas perdas de ontem, explica Zeno.
 
Para o restante do dia, o sócio da AZ acredita que o Ibovespa deve seguir operando com uma alta moderada. "Não acredito em uma grande aceleração, pelaaversão ao risco que aumentou de ontem para hoje", comenta. "Houve muita saída de recursos do mercado global, dos mercados de risco como um todo, e nãoacredito que esses recursos vão voltar de um dia para o outro. Eles vão ficarde fora, para ver como vai ser o comportamento do cenário daqui para frente", acrescenta.
 
Com a alteração no status do antes intocável Estados Unidos, e com a China adotando constantes medidas para controlar a inflação, que acabam
prejudicando as exportações brasileiras, Zeno não enxerga com otimismo os próximos pregões. "No curto prazo, o mercado deve ficar fraco", afirma.
 
"A queda de ontem gerou algumas pechinchas. É uma tendência natural o diaseguinte ter algum tipo de ajuste", pontua Luiz Otávio de Souza Leal,
economista-chefe do Banco ABC Brasil. "Esperava até uma recuperação mais forte", comenta, ressaltando as divulgações positivas de hoje.
 
No mercado imobiliário norte-americano, as construções de imóveis subiram 7,2% em março, na comparação mensal, para 549 mil residências,
enquanto analistas esperavam que as construções atingissem 520 mil.
 
Além disso, o Goldman Sachs informou que o lucro líquido atribuível aos acionistas caiu 72,4% no primeiro trimestre de 2011, para US$ 908 milhões (US$ 1,56 por ação), ante os US$ 3,296 bilhões (US$ 5,59 por ação) reportados emigual período do ano passado. Segundo Leal, o resultado foi bem melhor do que o mercado esperava.
 
"Achei que ia dar uma puxada para cima com esses dados, mas o mercado estácom um ligeiro mau-humor", comenta o economista do ABC Brasil. "Pode perder ao longo da tarde, e a tendência para o resto do dia é ficar mais próximo do zero a zero", emenda.
 
Entre as ações mais negociadas na primeira parte do pregão de hoje estavam as ordinárias da OGX, com giro de R$ 446,664 milhões; as PNA da Vale (VALE5; 0,73%, a R$ 45,53), com volume negociado de R$ 284,032 milhões; e as preferenciais da Petrobras (PETR4; 1,29%, a R$ 25,82), que movimentavam R$ 258,038 milhões.
 
 
Mercados internacionais
 
Os índices das bolsas norte-americanas operam sem tendência definida. O Dow Jones subia 0,23%, a 12.229,59 pontos, e o S&P 500 avançava 0,11%, a 1.306,68 pontos, enquanto o Nasdaq Composto perdia 0,11%, a 2.732,14 pontos.
 
Os índices das principais bolsas europeias fecharam o pregão de hoje em alta. O FTSE-100, índice da bolsa de Londres, fechou com avanço de 0,46%, a 5.896,87 pontos; o DAX-30, índice da bolsa de Frankfurt, terminou com ganho de 0,18%, a 7.039,31 pontos; o CAC-40, de Paris, encerrou com acréscimo de 0,70%, a 3.908,58 pontos; enquanto isso, o Ibex-35, da bolsa de Madri, registrou valorização de 0,31%, a 10.376,50 pontos; e o SMI-20, da bolsa de Zurique, apresentou expansão de 1,31%, a 6.326,65 pontos.
 
 
Petróleo
 
Entre os contratos de petróleo, há pouco, o WTI para junho de 2011, negociado em Nova York, subia 0,40% a US$ 108 o barril. Em Londres, o Brent para o mesmo mês operava em queda de 0,46%, a R$ 121,04.
 
 
Câmbio
 
Com máxima de R$ 1,585, há pouco o dólar comercial era cotado a R$ 1,580,queda de 0,62%, na mínima do dia. O dólar futuro perdia 0,69%, para R$ 1.580,00.
 
O Banco Central (BC) já realizou um leilão de compra de dólares, com taxade corte de R$ 1,5827. A liquidação será feita na próxima segunda-feira,
dia 25 de abril.
 
 
Juros
 
O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) mais negociado do dia é o com vencimento em maio de 2011, com giro de R$ 42,824 bilhões, que recuava de 11,901% para 11,890%. Por sua vez, o DI para janeiro de 2012 caía de 12,27% para 12,26%, com volume de R$ 11,734 bilhões.
 
A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou nesta manhã que o Indice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) desacelerou para 0,55% no segundo decêndio do mês de abril, ante a taxa de 0,59% registrada no mesmo período do mês anterior.O segundo decêndio do IGP-M compreende o intervalo entre os dias 21 do mês anterior e 10 do mês de referência. No ano, o IGP-M acumula alta de 2,99% e no acumulado de 12 meses o índice está em 10,71%.
 
A FGV também informou que a inflação medida pelo Indice de Preços do Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou em cinco das sete capitais pesquisadas nasegunda quadrissemana de abril. No período, o IPC-S registrou desaceleração para 0,83%. As capitais que tiveram desaceleração no indicador foram Salvador (de 89% para 0,83%); Brasília (de 1,11% para 1,06%); Recife (de 0,63% para 0,50%); Porto Alegre (de 0,67% para 0,66%) e São Paulo (de 0,94% para 0,86%). No sentido oposto aceleraram Rio de Janeiro (de 1,01% para 1,02%) e Belo Horizonte (de 0,73% para 0,74%).

Fonte: Agência Leia

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