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Otimismo externo empurra Ibovespa para melhor nível desde o início de maio; alta na semana já supera 5%
23/07/2010

23 de Julho de 2010 17h42
Mariana Mandrot

Um movimento comprador expressivo foi acionado nas bolsas globais nesta quinta-feira, apoiado em sinais de recuperação na economia europeia e norte-americana. O Ibovespa não ficou de fora da melhora do cenário internacional e terminou o pregão com avanço de 1,97% para 65.748 pontos. Trata-se do maior patamar desde o dia 3 de maio (67.119 pontos). O giro financeiro somou R$ 6,363 bilhões. Com o desempenho de hoje, o índice já acumula valorização de 5,47% na semana.

"O otimismo com balanços corporativos e os indicadores econômicos dos Estados Unidos e Europa convergiram em um mercado de alta expressiva nesta quarta-feira", avalia o sócio-diretor da AZ Investimentos, Ricardo Zeno.

A agenda recheada começou a animar os investidores logo pela manhã, quando foi anunciado o surpreendente aumento de 3,8% nos novos pedidos às indústrias da zona do euro entre abril e maio. O índice de confiança dos empresários da região também contribuiu para o bom humor, ao subir para 56,7 pontos em julho, acima da projeção de 55,5 pontos. 

Os números dos Estados Unidos vieram para inflar o clima positivo mundo afora. O indicador que mede as perspectivas sobre a economia estadunidense recuou 0,2% no mês passado, melhor que o consenso que apontava para -0,3%. As vendas de casas usadas desaceleraram 5,1% em junho, mas permanecem em níveis relativamente elevados e também superaram as estimativas do mercado que era de uma retração de 8,1%.

No campo corporativo, empresas como a United Parcel Services (UPS), AT&T e Qualcomm reviram suas previsões de lucros para cima e também alimentaram o apetite por risco.

Tudo isso ofuscou a piora no mercado de trabalho dos Estados Unidos, que registrou 464 mil solicitações de auxílio-desemprego (initial claims) na semana encerrada no dia 17 de julho. O número veio pior que o esperado: ampliação para 450 mil novos pedidos.

No Ibovespa, dentre as ações com maior peso na carteira teórica (que vigora de 3 de maio a 31 de agosto), Petrobras PN (PETR4) subiu 1,71% a R$ 27,97; Vale PNA (VALE5) teve alta de 1,73% a R$ 41,86; Itaú Unibanco PN (ITUB4) ganhou 2,45% a R$ 38,00; BM&FBovespa ON (BVMF3) apreciou 1,25% a R$ 12,12 e Gerdau PN (GGBR4) valorizou 2,95% a R$ 25,46.

As companhias ligadas ao consumo interno foram as mais beneficiadas nesta jornada, refletindo a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, para 10,75% ao ano. "O aumento mais leve que o esperado (0,75 p.p.) deu um sinal de que o aperto monetário está chegando ao fim e ajudou na valorização de companhias ligadas à economia doméstica", ressalta Zeno.

Entre as maiores altas, B2W Varejo ON teve ganhos de 5,03% a R$ 30,30; Lojas Americanas PN apresentou elevação de 4,72% a R$ 13,98; e Lojas Renner registrou valorização de 4,18% a R$ 52,30.

No sentido contrário, BRF Foods On cedeu 1,72% a R$ 24,52; Redecard ON perdeu 0,38% a R$ 25,90; e Ultrapar ON caiu 0,18% a R$ 86,79.

Para amanhã, os agentes aguardam o resultado dos testes de estresse de 91 bancos europeus, "que devem trazer certa volatilidade aos mercados", segundo Ricardo Zeno.

Fonte: ewww.ultimoinstante.com.br

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