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Sinal amarelo acende na zona do euro e mercado segue em busca de ponto de equilíbrio, diz economista
29/04/2010

29 de Abril de 2010 16h13
Maria Cecília Ferraz

Para Ricardo Zeno, sócio diretor da AZ Investimentos, o importante agora é que autoridades ajam rapidamente para que os problemas não se intensifiquem.
 
28 de abril de 2010 - O sócio diretor da AZ Investimentos, Ricardo Zeno, considera que este período de turbulência trazido pelos ventos que sopram da Europa irá perdurar pelos próximos dias e que não se surpreenderá se outros países do velho continente apresentarem problemas fiscais e tenham suas notas reduzidas pelas agências de classificação de risco. Assim como aconteceu com a Grécia, Portugal, e mais recentemente, com a Espanha.
 
"Até este movimento conturbado passar o mercado como um todo, não só o europeu, vai buscando um ponto de equilíbrio, uma vez que o rebaixamento dos ratings gera aversão ao risco. E as bolsas de valores são as primeiras a serem afetadas, ao passo que os investidores se afastam das operações mais arriscadas", disse o profissional.
 
Na verdade, o problema todo começou na Grécia, mais precisamente em 8 de dezembro do ano passado, quando o bônus do país caiu por sua elevada dívida. Na véspera, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a qualificação da dívida Grega e a Fitch Ratings fez o mesmo um dia depois. A Comissão Europeia chamou a atenção da Grécia por sua possível repercussão na zona do euro e o Banco Central Europeu (BCE) pediu que o país tomasse medidas.
 
"O sinal amarelo está aceso, que existem outros países com dificuldade, não é novidade. O importante agora é que autoridades ajam rapidamente para que os problemas não se intensifiquem", disse o profissional, exemplificando que a Grécia tinha uma representatividade pequena na economia global, depois veio Portugal, que também parecia não incomodar, até que a quarta maior economia do mundo, a Espanha, foi surpreendida hoje pela Standard & Poor's, a mesma que cortou as notas das vizinhas Portugal e Grécia.
 
O rating da dívida soberana de longo prazo da Espanha passou de AA+ para AA. A perspectiva é negativa, o que implica na possibilidade de nova revisão para baixo. A nota de crédito soberana de curto prazo, contudo, foi mantida em A-1+. A agência atribiu a redução da nota à revisão das perspectivas macroeconômicas no médio prazo, notando que a atividade da economia espanhola pode passar por um período prolongado de fraco crescimento, superior ao previsto anteriormente.
 
No caso da Grécia, o rating foi reduzido para território especulativo (junk) em razão das preocupações sobre a capacidade de o país implementar as reformas para diminuir a dívida. O rating de longo prazo passou de BBB+ para BB+, enquanto o de curto prazo foi rebaixado de A-2 para B. A perspectiva é negativa, o que significa que a S&P pode rebaixar o país novamente.
 
Por fim, Portugal viu seu rating ser rebaixado em dois níveis, passando de A+ para A-. Já  “outlook” permanece em negativo. A S&P decidiu cortar o rating do país depois ter colocado em dezembro  o “outlook” em negativo e em janeiro de 2009 ter cortado o rating da dívida de Portugal para de AA- para A+. A fragilidade das contas públicas e o fraco crescimento econômico são os principais argumentos utilizados pela S&P.

Fonte: www.ultimoinstante.com.br

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