News - Briefing de Mercado

Brazil Outlook 2006

Comportamento dos Juros

Quem quer investir em ações não pode esquecer que o mercado é um espelho que reflete as condições das empresas. Companhias que estão crescendo, gerando lucros e pagando bons yields dividendos tendem a ter preços atraentes para seus papéis. Mas, o mercado de ações sempre vai reagir aos indicadores macroeconômicos, mas isso não significa
que o comportamento da Bolsa é ditado por esses indicadores.

Muitas vezes, um evento em particular em determinado setor ou empresa pode refletir no comportamento de uma ação em particular.

A Bolsa tende a reagir com queda à alta de juros. Isso ocorre porque a alta das taxas de juro pode provocar uma retração no consumo que, por sua vez, vai provocar uma queda no lucro das empresas.

Mantemos nossa projeção para a taxa Selic ao final de 2006 em 15,00% com cortes a partir de Janeiro, em um total de 300 bps. Com os indicadores de inflação sendo divulgados dentro das expectativas, vem se mostrando um fato bastante positivo para o mercado dando margem à política econômica do BC para cortes na taxa.

Projeção de que o IPCA deste ano junto ao BC mostrem abaixo de 5% para o ano de 2006. Meta de inflação estabelecida pelo BC de 4,5% para 2006/07.

Outro ponto positivo para o mercado seria a continuidade da seqüência de cortes na taxa de juros neste segundo semestre, nossa expectativa é de que o COPOM baixe a taxa Selic em 1% até o final do ano, com dois cortes de 50bps em Novembro e Dezembro respectivamente.

Crescimento da Economia

O mercado de ações, em geral, reage com alta ao crescimento da economia. Sempre que há uma alta do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas no país e um dos principais indicadores da atividade econômica, o preço das ações tendem a reagir com alta.

Isso ocorre porque, ao contrário do efeito das altas da taxa de juros, o crescimento econômico tende a provocar um aumento na receita e nos lucros por ações dessas empresas, o que provoca uma alta no preço dos papéis.

Com um crescimento extremamente baixo do PIB brasileiro em 2005, devido a crises políticas inesperadas, e um dos juros reais mais altos do mundo, em 2006 projetamos um crescimento do PIB um pouco mais otimista, com juros em tendência de queda, projetamos um crescimento de 4% para o ano corrente. Outro fator que deve favorecer, será a retomada das obras de infra-estrutura e da renda do trabalhador.

Fluxo Cambial

Não há uma correlação determinada entre a alta do dólar e o Ibovespa. A reação do mercado a alta da moeda americana, que pode variar muito ao longo do tempo. O que ocorre é um impacto significativo em alguns grupos de ações.

As ações das exportadoras, por exemplo, reagem com alta, pois essas empresas têm uma receita em dólar e são francamente favorecidas com uma valorização da moeda americana.

Já as empresas que têm dívida em dólar sofrem o efeito contrário. Como suas obrigações são em dólar, os lucros dessas empresas é pressionado para baixo por conta do aumento dos seus gatos com o pagamento de dívidas.

Conforme esperávamos, o Real retomou uma tendência de apreciação principalmente devido ao fluxo comercial, que não mostra sinais de desaceleração, e à perspectiva de fluxos futuros positivos.

Outro fator positivo foi o crescente número de exportações sendo realizadas pelas empresas brasileiras, que nos faz projetar uma taxa por volta de R$ 2,50 reais para o fim do ano (Para balança comercial, projetamos US$ 35 bilhões para o final de 2006).

Atualmente com o real por volta de R$ 2,34 reais por dólar.

Outro fator importante é a queda do risco Brasil que se encontra em seus menores patamares em 303 bps. Com a tendência que queda do risco Brasil, as captações externas por parte da empresas privadas e do governo, nos fazem acreditar que o dólar deve continuar nos níveis atuais, independente das atuações do BC na compra da moeda. Para balança

Inflação

Com os índices de inflação apresentando deflação em seus componentes, isso favorece ao Banco Central alcançar sua meta de inflação. Acreditamos que o mercado de ações deverá ser impactado positivamente com a aceleração dos cortes de juros, principalmente no 1SE/06 apresentando movimentos de migração dos investimentos da renda fixa para renda variável como diversificação em busca de rentabilidades melhores, reflexo aos cortes da taxa Selic.

Índice Bovespa - Ibovespa

Com indicadores econômicos cada vez mais sólidos, o investidor estrangeiro vem aumentando sua exposição em Equities no mercado brasileiro. A tendência de Bullish continua, porém não destacamos possíveis realizações em setores que se apreciaram muito no curto prazo para realocações de carteira em setores ainda defasados.
Na nossa visão o índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) poderá encerrar 2006 acima dos 40 mil pontos, com um upside de 20%.

O uso do Home Broker, meio eletrônico o qual interliga pessoas físicas a bolsa também foi um grande marco para o ano de 2005 e é esperado que este movimento continue crescente no ano de 2006.

Atualmente o segmente de pessoas físicas representam quase 30% do volume de transações diárias na Bovespa.

O número de abertura de capital por parte de empresas privadas foi extremamente benéfica ao mercado acionário em 2005,
que permite uma maior diversificação de investimentos. No ano de 2006 devemos continuar com grandes adesões ao seguimento diferenciado de governança corporativa, o Novo Mercado na Bovespa.

Rating Brasileiro

A decisão da Fitch de melhorar o outlook to Brasil de estável para positivo é passo inicial para upgrade de rating. Expectativas de um upgrade no rating Brasil por parte das agências de classificação de risco já era aguardada em nossas avaliações, seguindo o mesmo caminho da Rússia que recentemente atingiu o status de investment grade.

Mantenho expectativa de Brasil atingir investment grade em 2007, da seguinte maneira:
Inicio com upgrade este ano assim mantendo as nossas projeções com um upgrade em 2006 e alcançando ao status de investment grade em 2007.

Impactos positivos na obtenção de investment grade:
Redução do risco Brasil dos atuais 303 bps para algo em torno de 150 bps.

Com isso, tanto custo da dívida como custo do equity se reduzem, emissões de corporate bond e sovereins ao um custo menor.

Aumento da demanda por ativos brasileiros uma vez que muitos fundos só podem comprar ativos de países que são investment grade. Uma maior exposição por parte de fundos ao Brasil.

"O número de abertura de capital por parte de empresas privadas foi extremamente benéfica ao mercado acionário em 2005, que permite uma maior diversificação de investimentos. No ano de 2006 devemos continuar com grandes adesões ao seguimento diferenciado de governança corporativa, o Novo Mercado na Bovespa".

AZ Investimentos publicou este relatório com propósito meramente informativo. Todas as informações contidas neste relatório são baseadas em informações disponíveis ao público e foram obtidas de fontes consideradas confiáveis, porém AZ Investimentos não garante sua precisão e abrangência. Opiniões apresentadas no mesmo são apenas nossas opiniões atuais, e estão sujeitas a alterações sem aviso prévio. A AZ Investimentos não tem nenhuma obrigação de atualizar ou manter atualizadas as informações e opiniões expressas no mesmo. Este relatório não é e não deverá ser interpretado como, uma oferta ou solicitação para comprar ou vender quaisquer ativos ou instrumentos financeiros relacionados. Investimentos discutidos ou recomendados neste relatório podem não ser adequados a investidores dependendo de seus objetivos específicos de investimento e situação financeira

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