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Grau de Investimento, será agora?
03/05/2007

Risco Brasil – Emerging Market Bond Index Plus


Entenda o que é o risco-país
O risco-país está no menor nível da história. Hoje (23 de Abril), o indicador se encontra em 149 pontos durante os negócios. Desde a segunda quinzena de março, o índice que mede a desconfiança do investidor na economia brasileira bate recordes de baixa quase que diariamente, isto demonstra de que o Brasil nunca foi uma opção tão segura de investimento.

Emerging Markets Bond Index Plus (EMBI+)
O indicador é Emerging Markets Bond Index Plus (EMBI+), foi criado em 1992 pelo banco JP Morgan para medir o grau de insolvência que cada país representa para o investidor. O indicador apenas considera países emergentes. Quando se refere à economia doméstica, é conhecido como risco Brasil.

Sua Função?
A função do risco-país é orientar o investidor. No mundo globalizado, é possível aplicar dinheiro em qualquer país do mundo. Para isso serve o risco-país: ele mede o quanto o investidor deveria ganhar a mais para compensar o risco de investir em determinado país.

Qual o efeito da queda?
Quanto menor o risco, maior a capacidade do país para atrair investidores. Se um país tiver o risco alto e quiser atrair investimentos, ele tem que aumentar sua taxa de juros para, mesmo com o elevado grau de incerteza, ainda ser uma opção atraente para o investidor. Para a economia quanto mais baixo o indicador, melhor as condições de financiamento pelas empresas e pelo tesouro nacional frente aos investidores externos. O Brasil hoje se encontra a dois níveis do tão chamado grau de investimento ou como conhecido ``Investment Grade``.

Sua Metodologia?
Para medir o risco-país, o JP Morgan acompanha uma série de indicadores econômicos e sociais dos países emergentes, tais como déficit fiscal, crescimento da economia, solidez das instituições, entre outros. Para padronizar a informação, foi criada uma pontuação. Os títulos do tesouro dos EUA, considerados os mais seguros do mundo pelo mercado financeiro, foram adotados como referência para “risco zero”: cada 100 pontos no risco representam 1% que os títulos de determinado país deveriam render a mais que o dos EUA para valer a pena. Cada 100 pontos, contabiliza 1% de ganho.

Pior resultado?
O Risco Brasil foi popularizado durante a crise de confiança que antecedeu a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002. Foi o pior resultado que o risco-país já atingiu (recorde de alta) à pontuação de 2.436 pontos. Essa pontuação foi registrada logo depois de o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter liberado um empréstimo de US$ 30 bilhões para socorrer a economia brasileira.

Botton Line
O Risco Brasil aos 148 pontos base, se igualou ao risco dos países emergentes que está neste mesmo patamar. Neste patamar, significa que o Brasil paga 1,45 ponto porcentual como prêmio (em dólar) acima dos juros dos títulos norte-americanos, considerados sem risco. Esse prêmio de risco influencia as taxas pagas pelas empresas brasileiras para captar recursos no exterior. Ou seja, o risco Brasil em queda significa menor custo de captação tanto para o governo brasileiro quanto para as empresas do País.

A queda do risco abre a possibilidade para que o Brasil atinja o investment grade no médio prazo, classificação dada os ativos considerados de baixo risco de crédito pelas agências de classificação. Para se ter uma idéia, se o México for tomado como exemplo de comparação, o Brasil está a 60 pontos de receber esta classificação, já que o risco daquele país, que já é considerado grau de investimento pelas agências, oscila atualmente na casa de 100 pontos.

Em nossa avaliação, a queda do Risco Brasil mostra que os investidores estão confiantes em relação ao Brasil, e a possibilidade do pais atingir este patamar de investment grade em breve. A dois níveis do BBB3 Composite, upgrade (melhora na perspectiva) no rating brasileiro deve vir este ano, disse. Porém, ressaltamos que para que se chegue ao grau máximo de confiança dos investidores serão necessários avanços nas reformas microeconômicas como reforma fiscal, tributaria e da previdência.

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